sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PLATÃO E O MITO DA CAVERNA



O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades.
Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).
Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.
Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Ideia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).
Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.
João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola (O MUNDO DE GAYA)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

)O(


Porque precisamos uns dos outros...



Quando alguém entra na nossa vida de forma emocionalmente intensa, o encantamento que nos envolve leva-nos a olhar um para o outro destacando aquilo que, de momento, precisamos para nos vermos a nós próprios de forma mais completa.

Daí a importância que essa pessoa passa a ter para nós e a falta que sentimos se desaparece.
Precisamos uns dos outros para mais e melhor nos conhecermos e para conhecermos a luz e a sombra que nos fazem ser o que somos.
É através de reacções emocionais que temos face às alegrias ou dores decorrentes das relações com os outros que vamos podendo desvendar tudo aquilo que em nós existe - de positivo e de negativo.
Por exemplo, alguém que repetidamente nos irrita, magoa ou destrói é, com certeza, alguém em quem projectamos um sonho nosso. Através dessa nossa reacção, a vida convida-nos a reconhecer a existência em nós de uma determinada energia negativa, que por ética ou educação mantemos sob controlo. Ter a atitude de humildade de procurar descobrir e aceitar a necessidade que inconscientemente nos leva a alimentá-la é o que mais nos faz crescer.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

MULHERES E HOMENS

                                                        


Recordem porque foram colocados na Terra, neste corpo. Lembrem a vossa essência como mulher e como homem e juntem-se na celebração do miraculoso.


Tu, mulher, és a Rainha da Noite. A Lua é o teu guia. A tua sabedoria floresce ao luar e a tua paixão segue as marés dos oceanos.
Tu és quem protege o ritmo dos ciclos das estações. A partir do teu ventre, fluem os ciclos do nascimento e da morte. Tu incorporas Aquela de quem todas as coisas provêm e para quem tudo retorna. À luz do dia tu surges como uma flor delicada, mas na misteriosa efervescência do luar o teu perfume domina o teu entorno. Tu intoxicas tudo o que passa por ti com a disposição para o amor.
A tua mensagem é, inebria-te, deixa ir, embriaga-te de amor. Porque aí residem todos os segredos do Céu e da Terra.

E tu, homem, tu carregas o poder da criação. Tu és um mensageiro do Sol. Tu trazes a madrugada, espalhas os teus vivificantes raios dourados que tocam e acariciam cada folha, cada ponta de relva coberta de orvalho, trazendo calor e nutrição. Tu és quem abre a semente; o catalisador do acordar físico e espiritual.
Não desperdices os teus poderes na inconsciência. Procura o Sol dentro do teu corpo e descobre como usar o teu poder de forma sábia. Torna-te o zelador da criação em vez de o seu destruidor.

Tal como o Sol se rende à Lua a cada noite e a Lua se rende ao Sol todas as manhãs, assim é com a mulher e o homem. Aprendam a arte da rendição. É nesta rendição que descobrirão o vosso verdadeiro poder.

Minha foto
Salvador, Nordeste, Brazil
Busque o sentimento da felicidade no interior de sua alma, pois a alegria de viver é o resultado da harmonia de seus pensamentos e sentimentos. Todos os dias amanheça sorrindo para a vida, para que ela possa coroá-la com sucessos e realizações. Agradeça aos Deuses pelo milagre da vida e pelas pessoas que amam você!!!